segunda-feira, 16 de março de 2015

..:: A importância da Fonoaudiologia na Infância ::..

Teste da linguinha, da orelhinha, tratamentos em crianças com Síndrome de Down. Estas são algumas das contribuições da fonoaudiologia na prevenção, no diagnóstico e no tratamento de doenças durante o primeiro “Ciclo de Vida”.
Cada vez mais a fonoaudiologia vem mostrando sua eficácia, com atuação imprescindível em inúmeros tratamentos, em todos os “Ciclos da Vida”. Para a presidente da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia (SBFa), Irene Marchesan, a fonoaudiologia tem papel fundamental na vida das pessoas e a SBFa quer
cada vez mais disseminar atitudes saudáveis que conscientizem a população.
Partindo do princípio, a especialidade tem fundamental importância já no atendimento ao recém-nascido, assim como longo da primeira infância. O objetivo, segundo Marchesan, que é especialista em Motricidade Orofacial, é antecipar o diagnóstico, evitando danos mais graves à saúde que poderão aparecer anos mais tarde. “Desde os primeiros dias de vida de um bebê a fonoaudiologia pode contribuir para diagnosticar, precocemente, patologias, assim como iniciar o tratamento adequado para cada caso. Desta forma, podemos evitar ou dirimir as consequência de poderão prejudicar essa criança no futuro”.

Destacamos, abaixo, os principais temas e porta-vozes de cada Departamento da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, e de que forma podem auxiliar em prol da saúde no primeiro “Ciclo de Vida”.

Saúde Vocal

A criança já pode desde a primeira infância desenvolver cisto nas pregas vocais, as chamadas alterações histológicas, que podem ser benignas e congênitas. O cisto em prega vocal é consequência de um comportamento vocal abusivo, que produz alteração funcional da voz. O sintoma mais claro é a rouquidão e/ou a fadiga vocal. A laringe da criança não está fisiologicamente madura para suportar atividades de alta demanda – neste faixa etária, há a utilização da voz com mais frequência, de forma mais alta e forte, o que pode gerar impacto negativo às pregas vocais.

“Os comportamentos vocais abusivos podem vir a gerar nódulos, com alteração laríngea mais recorrente nessa fase da vida, sobretudo entre os em meninos. De forma geral, as crianças poderão apresentar vozes roucas, com falhas, instabilidade e sintomas como cansaço ao falar no final do dia”. Anna Alice, Coordenadora do Departamento de Voz da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Saiba mais sobre o assunto:www.baruco.com.br/blog/voz.pdf

Saúde Auditiva

A audição da criança é outro sistema que merece muita atenção, por ter relação direta com o baixo rendimento escolar quando não diagnosticado precocemente. Como prevenção, a fonoaudiologia atua a partir da triagem auditiva neonatal universal (TANU), conhecido popularmente como Teste da Orelhinha. Ele é simples, rápido e eficiente, aplicado a todos os recém-nascidos nas maternidades, com o objetivo de identificar perdas auditivas nos neonatos, de forma precoce. Estas perdas podem implicar em atrasos no desenvolvimento e aquisição de linguagem e fala nas crianças.

“O teste identifica crianças com perdas consideradas incapacitantes. Ainda nas maternidades, devem ser encaminhadas para um serviço especializado em audiologia infantil para confirmação da perda auditiva e consequentes medidas de tratamento. Vale lembrar que sempre que houver um atraso no desenvolvimento de linguagem é importante realizar uma avaliação audiológica e iniciar com uma terapia de linguagem”, Dóris Lewis, Coordenadora do Departamento de Audição da SBFa.

Fonte: http://www.abramofono.com.br/

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

..:: Autismo ::..

O autismo é uma disfunção global do desenvolvimento. É uma alteração que afeta a capacidade de comunicação do indivíduo, de socialização (estabelecer relacionamentos) e de comportamento (responder apropriadamente ao ambiente — segundo as normas que regulam essas respostas). Esta desordem faz parte de um grupo de síndromes chamado transtorno global do desenvolvimento (TGD), também conhecido como transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), do inglês pervasive developmental disorder (PDD). Entretanto, neste contexto, a tradução correta de "pervasive" é "abrangente" ou "global", e não "penetrante" ou "invasivo". Mais recentemente cunhou-se o termo Transtorno do Espectro Autista (TEA) para englobar o Autismo, a Síndrome de Asperger e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra Especificação.[1]
Algumas crianças, apesar de autistas, apresentam inteligência e fala intactas, outras apresentam sérios problemas no desenvolvimento da linguagem. Alguns parecem fechados e distantes, outros presos a rígidos e restritos padrões de comportamento. Os diversos modos de manifestação do autismo também são designados de espectro autista, indicando uma gama de possibilidades dos sintomas do autismo. Atualmente já há a possibilidade de detectar a síndrome antes dos dois anos de idade em muitos casos.[2]
Certos adultos com autismo são capazes de ter sucesso na carreira profissional. Porém, os problemas de comunicação e socialização causam, frequentemente, dificuldades em muitas áreas da vida. Adultos com autismo continuarão a precisar de encorajamento e apoio moral na sua luta para uma vida independente. Pais de autistas devem procurar programas para jovens adultos autistas bem antes dos seus filhos terminarem a escola. [Dica]: Caso conheça outros pais de adultos com autismo, pergunte sobre os serviços disponíveis.
O autismo afeta, em média, uma em cada 110 crianças nascidas nos Estados Unidos, segundo o CDC (sigla em inglês para Centro de Controlo e Prevenção de Doenças), do governo daquele país, com números de 2006, divulgados em dezembro de 2009.[3] -- no Brasil, porém, ainda não há estatísticas a respeito do TEA[4]. Em 2010, no Dia Mundial de Conscientização do Autismo, 2 de abril, a ONU declarou que, segundo especialistas, acredita-se que a doença atinja cerca de 70 milhões de pessoas em todo o mundo, afetando a maneira como esses indivíduos se comunicam e interagem.[5][6] O aumento dos números de prevalência de autismo levanta uma discussão importante sobre haver ou não uma epidemia da síndrome no planeta, ainda em discussão pela comunidade científica[7]. No Brasil, foi realizado o primeio estudo de epidemiologia de autismo da América Latina[8][9], publicado em fevereiro de 2011—com dados de 2010 --, liderado pelo psiquiatra da infância Marcos Tomanik Mercadante (1960-2011), num projeto-piloto com amostragem na cidade paulista de Atibaia[10], aferiu a prevalência de um caso de autismo para cada 368 crianças de 7 a 12 anos[8][9]. Outros estudos estão em andamento no Brasil.
Um dos mitos comuns sobre o autismo é de que pessoas autistas vivem em seu mundo próprio, interagindo com o ambiente que criam; isto não é verdade. Se, por exemplo, uma criança autista fica isolada em seu canto observando as outras crianças brincarem, não é porque ela necessariamente está desinteressada nessas brincadeiras ou porque vive em seu mundo. Pode ser que essa criança simplesmente tenha dificuldade de iniciar, manter e terminar adequadamente uma conversa.
Outro mito comum é de que quando se fala em uma pessoa autista geralmente se pensa em uma pessoa retardada ou que sabe poucas palavras (ou até mesmo que não sabe alguma). Problemas na inteligência geral ou no desenvolvimento de linguagem, em alguns casos, pode realmente estar presente, mas como dito acima nem todos são assim. Às vezes é difícil definir se uma pessoa tem um déficit intelectivo se ela nunca teve oportunidades de interagir com outras pessoas ou com o ambiente. Na verdade, alguns indivíduos com autismo possuem inteligência acima da média.
A ciência, pela primeira vez falou em cura do autismo em novembro de 2010, com a descoberta de um grupo de cientistas nos EUA, liderado pelo pesquisador brasileiro Alysson Muotri, na Universidade da Califórnia, que conseguiu "curar" um neurônio "autista" em laboratório. O estudo, que baseou-se na Síndrome de Rett (um tipo de autismo com maior comprometimento e com comprovada causa genética)[11], foi coordenado por mais dois brasileiros, Cassiano Carromeu e Carol Marchetto e foi publicado na revista científica Cell.[12][13]

..:: Shantala ::..

Shantala é uma técnica de massagem descoberta por Frédérick Leboyer, e consiste num momento diário de afeto entre mãe e bebê/criança.



A Shantala é uma massagem milenar indiana, sem registro de quando surgiu exatamente em Kerala no Sul da Índia. Foi descoberta quando o médico francês Frédérick Leboyer, de passagem pela Índia, se deparou com a cena de uma mulher num calçada pública massageando seu bebê. Seu nome era Shantala, ela era paraplégica e estava numa associação de caridade em Pilkhana, Calcutá.
O ambiente que Leboyer percorrera até então era completamente hostil, mas a cena da massagem fez com que a beleza e harmonia dos movimentos de Shantala transformasse tudo a sua volta.
Leboyer pediu para fotografá-la e filmá-la. Ela, admirada pelo interesse em uma prática tão simples e corriqueira, aceitou. Durante dias ele acompanhou a massagem de Shantala em seu bebê, captando atentamente cada movimento. Leboyer fez o possível para que as fotografias exprimissem a profundidade e o amor envolvidos.
“Sim, os bebês tem necessidade de leite,
 Mas muito mais de serem amados e receberem carinho
 Serem levados, embalados, acariciados, pegos e massageados”
LEBOYER
Em homenagem a essa mãe, o nome da técnica de massagem em bebês chama-se Shantala. Na índia, essa prática não tem um nome específico, pois trata-se de uma atividade que faz parte da rotina de cuidados com o bebê.
Graças à “descoberta” de Leboyer, e ao seu livro: SHANTALA, massagem para bebês: uma arte tradicional, Shantala vem sendo cada vez mais popular em todo o mundo e cresce a cada dia o número de pesquisas científicas que objetivam comprovar seus benefícios.
Mas há um aspecto que transpõe as pesquisas científicas e suas comprovações: A relação Mãe-Filho/Pai-Filho. Foi esse encantamento, a relação, interação e vinculação que encantou Leboyer e que no Ocidente vem a ser uma forma dos pais apronfudarem o vínculo afetivo com seus bebês.
Shantala traduz um momento especial oferecendo a oportunidade dos pais terem um contato mais prolongado com o bebê. O toque carinhoso é a melhor forma dos pais se aproximarem do bebê após um dia de trabalho, transmitindo amor e carinho através das mãos. Esse contato ajudará muito os pais a conhecerem o corpo do seu bebê e como se comunicam, isso é muito importante e ajudará em muito nos dias difíceis da criança (Denise Gurgel, 2009)

quarta-feira, 13 de julho de 2011

..:: Alzheimer ::..

Doença de Alzheimer
1) Definição:
Alzheimer é uma doença degenerativa cerebral, que provoca perda de habilidades como pensar, memorizar, raciocinar. A doença é progressiva e se inicia mais freqüentemente após os 65 anos.
2) A causa é desconhecida.
3) Sintomas: a doença é lenta e insidiosa. Os sintomas vão aparecendo aos poucos.
  • Déficit de memória para fatos recentes.
  • A memória retrógrada é a última a desaparecer. Os fatos mais antigos são os que mais demoram a serem "apagados" da memória.
  • Dificuldade para executar tarefas rotineiras.
  • Problemas de expressão de linguagem.
  • Dificuldade com atividades intelectuais, como leitura, cálculos, etc.
  • Desorientação para tempo e lugar.
  • Julgamento prejudicado.
  • Incapacidade para o raciocínio abstrato. Por exemplo: "de grão em grão a galinha enche o papo", para o paciente, significa que a galinha come um grão de milho de cada vez. Ele não consegue interpretar o sentido figurado desse provérbio.
  • Guardar coisas em lugares errados.
  • Não reconhece parentes próximos.
  • Alterações de humor ou de comportamento.
  • Fases de depressão, agitação, psicose, alucinações.
  • Mudanças de personalidade, por exemplo irritabilidade, apatia, labilidade de humor, desinibição sexual.
  • Diminuição de iniciativa e estado indiferente em que fica sentada, deitada, ou andando sem rumo pela casa.
  • Incapacidade para executar atos simples, como se vestir e tomar banho.
  • Incontinência urinária e fecal.
  • A doença pode evoluir entre 2 e 20 anos. Na maioria das vezes a causa da morte não tem relação com a Doença, mas sim com outros fatores ligados à idade avançada.
4) Diagnósticos diferenciais:
Existem algumas doenças que podem provocar sintomas semelhantes ao Mal de Alzheimer:.
  • Neurocisticercose (calcificações cerebrais provocadas pela Tênia, ou Solitária).
  • Tumores Cerebrais.
  • Hemorragias Cerebrais.
  • Arteriosclerose.
  • Intoxicações ou reações paradoxais a medicamentos.
  • Atrofia cerebral provocada por alcoolismo.
  • Síndrome de Korsakoff.
  • Deficiência grave de Vitamina B.
  • Hipotireoidismo e anemia graves.
  • Depressão em pacientes de muita idade. Uma Depressão pode imitar o Alzheimer (antigamente essa Depressão era chamada de Pseudo-demência).
  • Idem para Psicoses em pessoas de muita idade.
  • Traumatismos Cranianos e suas seqüelas.
5) Exames:
Nas fases iniciais todos os exames inclusive a Tomografia e a Ressonância Magnética podem ser normais. Mais tarde, poderá haver diminuição do volume cerebral, indicando a atrofia. Mesmo o Pet Scan e o SPECT, que medem a atividade metabólica cerebral nem sempre estão alterados.
6) Tratamento.
No começo é possível diminuir a velocidade da doença, obter melhora de memória e estabilidade do comportamento (que já teve um parente com Alzheimer sabe como isto é importante).
Atualmente os medicamentos mais eficazes são os Inibidores da Acetilcolinesterase. Vitaminas e  Gingko Biloba podem ser úteis, desde que administrados com a medicação específica). Anti-inflamatórios e a Reposição Hormonal com estrógenos não são mais usados.
Alguns cuidados são úteis:
  • Ambiente calmo e com estímulos positivos.
  • Manter as coisas sempre arrumadas da mesma forma, ambiente conhecido, para evitar desorientação maior ainda.
  • Não deixar o paciente sair sozinho (para ele não se perder).
  • Vida saudável: não fumar, não beber, fazer caminhadas, ter uma ocupação mesmo que rotineira e repetitiva.
  • Exercícios para memória. Por exemplo: palavras cruzadas, contas matemáticas, contar para a família o que o noticiário de TV mostrou, resumir o que leu no jornal, como foi o capítulo da novela, jogos de memória para crianças, etc.
  • Manter uma luz fraca acesa à noite. Se o paciente acordar saberá onde está.
  • Cartão com identificação, nome e telefone de familiares, etc.
  • Tirar objetos de valor da casa. Provavelmente pessoas estranhas ajudarão a cuidar do paciente.
  • Retirar tapetes soltos e móveis baixos.
  • Barras de segurança nos banheiros e ao lado da cama.
  • Cadeira plástica para o chuveiro
  • Caprichar na higiene inclusive oral.
7) Para a família do portador de Alzheimer:
A Doença de Alzheimer não afeta apenas o paciente mas também suas pessoas próximas, que se desgastam grande em termos emocionais, físicos e financeiros.
Repetir muitas vezes os pedidos mais simples, ajudá-lo a se vestir, se lavar, se alimentar, é muito cansativo.
Mesmo cuidadores profissionais (empregadas bem treinadas, enfermeiras, acompanhantes) correm o risco de ficarem esgotados.
Organize bem os turnos, rodízios, feriados, férias. Não tem sentido todos os cuidadores ficarem cansados ao mesmo tempo.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

..:: Acupuntura Estética ::..

A acupuntura deixou de ser vista apenas como uma técnica para tratamento de doenças e alivio de dores, invadiu as clínicas de estética e tem mostrado bons resultados nos procedimentos de beleza. É a acupuntura estética, uma alternativa eficaz, praticamente indolor e ainda livre os efeitos colaterais dos tratamentos estéticos convencionais, que geralmente causam vermelhidão, descamação da pele, necessitam de cuidados para cicatrização e impedem a exposição ao sol.

O tratamento com acupuntura estética é indicado para melhorar casos de acne, rugas, olheiras, flacidez, celulite, gordura localizada, manchas e cicatrizes. O procedimento é feito da mesma maneira que as sessões de acupuntura tradicionais. Os pontos de energia do corpo que não estão em harmonia são estimulados com agulhas ou com laser. O laser ajuda também na reconstituição de tecidos danificados.

Além de não precisar de um tempo de recuperação, a diferença entre a acupuntura estética e os demais tratamentos de beleza é que ela considera o paciente como um todo, já que os problemas estéticos normalmente têm ligação com algum desequilíbrio nos órgãos internos.

Por Deborah Busko

terça-feira, 5 de abril de 2011

..:: O QUE É MASSAGEM TERAPÊUTICA ? ::..

É um recurso terapêutico que emprega as técnicas de manipulação corporal na recuperação de seqüelas e reabilitação de indivíduos, além de promover a saúde.

A atuação da Massagem se dá no campo da Estética, do Desporto, da Prevenção e da Terapêutica, nas modalidades: Ocidental (MASSAGEM SUECA) e Oriental: Japonesa (ANMA, SEITAI, KWATSU, ANPUKU, REIKI e QUICK MASSAGE), Chinesa (TUINÁ e ANMO), Hindú (AYURVÉDICA, ABHYANGA e SHANTALA) e Tailandesa (THAI-MASSAGE).

A profissão de Massoterapeuta foi regulamentada pela Lei Federal 3968 publicado no Diário Oficial da União em 06 de outubro de 1961.

terça-feira, 22 de março de 2011

..:: Aquecimento Vocal - Três Técnicas Básicas ::..


Técnicas para os lábios

Esse exercício é feito com a vibração dos lábios. Para isso, deve-se levar os lábios à frente, elevando o diafragma, para que este sirva de apoio na execução do exercício. Os lábios devem ficar completamente relaxados, para que a passagem de ar entre eles faça-os vibrar. O resultado desta vibração, lembra a pronúncia conjunta das letras BR e poderíamos compará-lo a uma imitação do ronco do motor de uma moto.

Técnica da língua

Esta técnica é realizada com a vibração da língua, lembrando uma pronúncia exagerada da letra R. Para a execução desta técnica, também deve-se elevar o diafragma fazendo com que este proporcione um bom apoio. O som deste exercício nos faz lembrar uma hélice de helicóptero em movimento. Procure passear com estas técnicas por regiões graves e agudas de sua voz.

Técnicas com a letra M

Este exercício é feito para que, a princípio, a pessoa sinta a vibração da letra M internamente e, sobretudo, sinta esta ressonância na região das bochechas (caixa de ressonância da voz).
O efeito deste M interno nada mais é do que a própria preparação bocal que fazemos normalmente para que possamos pronunciar palavras que comecem com esta letra, porém, esta preparação será agora prolongada.
Para se produzir este M interno corretamente, deve-se cerrar os lábios e imaginar um espaço dentro da boca suficiente para caber uma bola de ping-pong. A ponta da língua deve estar em contato com os dentes frontais superiores e o som do exercício lembra a pronúncia do nº 1, porém prolongado e com a boca fechada.

É preciso tomar cuidado para que a vibração do som não se torne nasal, pois após um tempo de sustentação deste som, com o apoio da elevação do diafragma, a boca se abre lentamente na pronúncia da sílaba MO, prolongando-se o O.

Para uma boa execução deste exercício, sugiro um prolongamento de quatro tempos, marcados pausadamente, para a sustentação do M interno e mais quatro tempos para a sustentação da letra O.
Este M interior, é muito utilizado na forma de "mantra" (sons utilizados no processo de meditação, que possuem significados importantes nas religiões orientais) e o ideal é que seja pronunciado como forma de reflexão do som que todos nós possuímos e queremos aprender a usar.

Mais uma vez quero ressaltar a importância da elevação do diafragma. Para isso, você pode, a princípio, contrair a barriga, descontraindo-a gradativamente a medida que o exercício é realizado e o ar inspirado no início é solto.
Quando falo das bochechas com caixa de ressonância, é para conscientiza-lo que, trazer a vibração do som exclusivamente para a garganta é um "suicídio vocal" ou seja, um convite a rouquidão ou a aquisição de nódulos vocais, entre outros danos.

Por fim, quero colocar que estes exercícios servem como um aquecimento para as cordas vocais, como um início de utilização do diafragma e devem ser feitos descontraidamente, pois desta forma serão incorporados, assim como a ginga natural de um bom sambista.