sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

..:: GAGUEIRA: MODIFICANDO ESTE COMPORTAMENTO ::..

GAGUEIRA: MODIFICANDO ESTE COMPORTAMENTO

A gagueira ocorre quando o fluxo da fala normal é interrompido anormalmente por repetições, prolongamentos ou bloqueios, ou por comportamento de evitação ou luta. Além de ser um problema pessoal (indivíduos que gaguejam relatam medo, frustrações, insatisfações consigo mesmos, baixo nível de aspiração e perda de auto-estima), a gagueira é também um evento psico-social. (Normalmente, pessoas não gaguejam quando sozinhas ou falando com bebês ou animais de estimação). Os fenômenos visuais e auditivos que ocorrem durante o ato da gagueira são estímulos nocivos numa situação de comunicação. Os ouvintes tendem a reagir de diversas maneiras, tanto implícitas quanto explícitas. A pessoa que gagueja, por sua vez, tende a reagir à resposta do ouvinte.
Minha compreensão da etiologia da gagueira está fundamentada na teoria psicobiológica de Engel (1975) que reconhece a existência de fatores predisponentes (de origem genética e/ou neurológica), de fatores precipitantes (predominantemente ambientais) e fatores perpetuantes (incluindo medo e ansiedade) para o seu aparecimento.
Para o tratamento desta condição, que chamarei de gagueira funcional (uma vez excluídos outros diagnósticos tais como: gagueira secundária a lesões cerebrais, gagueira histérica ou neurótica, reações episódicas ao estresse), utilizo um programa baseado na abordagem do condicionamento operante de Bruce Ryan (1975), com alguns acréscimos que serão mencionados adiante, propostos por Moss (2001).
A abordagem de Ryan é baseada no pressuposto de que a gagueira é um comportamento aprendido e que este pode ser desaprendido ou modificado suficientemente para capacitar a pessoa a falar com razoável fluência.
Os acréscimos introduzidos referem-se à inserção de procedimentos que visam trabalhar os sentimentos de frustração, raiva e medo, oriundos do próprio comportamento da gagueira, que incluem técnicas de relaxamento, visualização, a utilização de técnicas de biofeedback, e princípios da terapia cognitiva.
O programa de condicionamento operante que utilizo é composto por três fases: estabelecimento, transferência e manutenção. Na fase de estabelecimento, o objetivo é auxiliar o paciente a ter fluência na presença do terapeuta e em situações ideais de comunicação. Na fase de transferência, o objetivo é transferir esta fluência para outras situações, na presença de outras pessoas que não o terapeuta, em condições não tão ideais de comunicação. A fase de manutenção requer que a fluência seja conseguida em uma grande variedade de situações de comunicação, por um extenso período de tempo.
O programa é levado a efeito em três modalidades: leitura, monólogo e conversação.
Utilizo também o Biofeedback em treinos de relaxamento. É um método que visa maior consciência e controle sobre a mente e o corpo. Instrumentos de feedback são instrumentos eletrônicos destinados a monitorar a mudança no corpo humano e dar um feedback simultâneo ao usuário. Este se torna cônscio da mudança física e mental que está ocorrendo e controla esta mudança.
São estas as linhas de base que sigo no meu tratamento com pessoas que gaguejam. Mas é muito importante salientar que cada planejamento é único, atendendo as necessidades específicas do paciente em questão.
Este tratamento tem a duração de um ano, aproximadamente, com sessões semanais de quarenta e cinco minutos cada uma. Os resultados dependem, em grande parte, da colaboração e motivação do paciente, que deve compreender a sua participação no processo de modificação de seu comportamento.

Fernanda Papaterra Limongi*

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

..:: Poucos bebês do Distrito Federal fazem o Teste da Orelhinha ::..

 
Uma lei recente exige que todos os hospitais públicos ofereçam, de graça, o Teste da Orelhinha. Mas no DF, a Secretaria de Saúde estima que vai demorar dois anos para cumprir a lei.

Dos 4,5 mil bebês que nascem por mês nos hospitais públicos do DF, apenas 250 fazem o Teste da Orelhinha. O filho da dona-de-casa Maria Valdirene Dutra, por exemplo, não passou pela avaliação que pode descobrir mais cedo problemas auditivos.

“Lá no hospital disseram que eu teria que marcar uma consulta e fazer o exame no particular porque não se faz no público. Acho que está errado, estão sonegando um direito do povo”, fala a mãe.

Uma lei federal publicada em agosto torna obrigatório o teste em todos os bebês recém-nascidos em maternidades e hospitais públicos. Mas falta o Ministério da Saúde fixar prazos para a adequação à lei.

Hoje no DF, o Teste da Orelhinha é oferecido apenas a recém-nascidos com riscos de problemas auditivos, como os que que tiveram nascimento prematuro e com baixo peso. Fora isso, para solicitar o exame, somente com um pedido do médico.

“Fazemos o teste se há pais, tios ou primos do bebê que nasceram surdos. Todos os bebês que passaram pela UTI neonatal, que apresenta alguma síndrome, alguma deformidade craniofacial, peso ao nascimento menor do que 1,5 quilo, vão fazer o Teste da Orelhinha”, indica Aline Silvestre, da Secretaria de Saúde.

A secretaria estima que vai demorar dois anos para oferecer o exame a todas as crianças. “Temos várias dificuldades com recursos humano, são poucos fonoaudiólogos”, afirma Aline.

Atualmente, sete fonoaudiólogos trabalham na triagem dos hospitais, mas desempenham outras funções. De acordo com a Secretaria de Saúde, são necessários 17 profissionais para que a rede pública possa oferecer o teste.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

..:: IMPORTÂNCIA DO TESTE DA ORELHINHA ::..

Escute seu coração
Teste da orelhinha “essencial para qualidade de vida do seu bebê”
 
Um dos sentidos mais importantes para o desenvolvimento completo da criança é a audição. É através da audição que se inicia o desenvolvimento da linguagem da criança. Qualquer perda na capacidade auditiva, mesmo que pequena, impede a criança de receber adequadamente as informações sonoras que são essenciais para o desenvolvimento da fala.
O Teste da Orelhinha, ou Triagem Auditiva Neonatal é realizado nos primeiros dias de vida do bebê e tem como objetivo detectar problemas auditivos que afetam a qualidade de vida da criança.
O teste é realizado com o bebê dormindo, em sono natural, é indolor e não machuca, não precisa de picadas ou sangue do bebê e não tem contra-indicações.
Lembre-se: A deficiência auditiva é a doença mais freqüente encontrada no período neonatal quando comparada a outras patologias. Previna-se, ligue já e marque para o seu bebê o Teste da Orelhinha. Não deixe seu bebê, sem ouvir o seu chamado.